“(…) Desde então, entendi que não existe vida se não houver a chance real de fracassar, que o fracasso é como a demissão e a fossa – inevitável para fins de enobrecimento de caráter –, que o caminho para nossa própria verdade passa obrigatoriamente pela dor, que vencer é delicioso mas perder é fundamental, e que reside justamente nessas experiências a beleza de toda a jornada humana. (…) E, diante disso, só nos resta aceitar o frio na barriga e reconhecer aqueles breves clarões de emoção que costumam aparecer no meio de uma quarta-feira qualquer – é nessas fendas temporais que se esconde a tal da felicidade.”
(Milly Lacombe, em “Mais Vida”, na edição de aniversário da revista tpm)
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Certa vez li que “se seus sonhos não te dão medo, eles não são grandes o bastante”. Acredito muito nisso, que se há a chance de fracassar, é porque é algo pelo qual vale a pena lutar. Numa reunião, semana passada, alguém disse que “se há dor, é porque algo que você queria muito não deu certo. Mas pelo menos você quis – e aí é que está graça”. Bem aquele clichê de melhor-ter-amado-e-perdido-do-que-nunca-ter-amado.
Confesso que quando a dor vem muito forte eu até penso “preferia nunca ter amado”. Mas depois me volta a lucidez e respiro: melhor que viver mais ou menos, pelas bordas, é se jogar de uma vez, sem olhar se dar pé. Porque, quando dá, o aconchego de um bom mergulho é o melhor abraço que se pode sentir.
Eu adoro muito seu blog..!!!
totalmente verdade!
=)
<3
Eu não poderia ter lido esses textos em melhor hora. O da Milly, sempre fantástica, para aprender a rir na cara do medo – feito O Rei Leão, mesmo! O seu, pra lembrar que é bom viver, assim, sem disfarce, ainda que doa. E deixar doer pra lembrar que foi de verdade.
Lindo aqui. Lindo!