“(…) naquela noite, comecei a pensar em crença. Talvez não seja aconselhável ser um otimista após os 30. Talvez pessimismo seja algo para se aplicar diariamente, como hidratante. Caso contrário, como você volta quando a realidade encontra seus sistema de crença e o amor, contrariando o prometido, não vence no final? A esperança seria uma droga da qual devemos nos livrar, ou ela é que está nos mantendo vivos? Qual é o mal em acreditar?”
(Carrie Bradshaw, em ‘Sex and the city’)
Eu sei que ando uma chatonilda. Fico triste quando lembro que as pessoas me dizem vir aqui atrás de inspirações para o dia-a-dia, e os últimos textos não têm sido assim. Acreditem, ninguém mais do que eu queria ser portadora de boas novas sempre. Mas hoje recebi mais duas notícias tristes, contrariando boas expectativas, e por mais que eu tente acreditar que tudo vai dar certo no final, praticar a lei da atração e etc, tem hora que não dá. Hoje não dá, hoje não dá, está um dia bonito lá fora e eu quero brincar.
Não sei qual o mal em acreditar, ainda. Estou tentando descobrir. Será mais sensato ser cético e ter surpresas boas depois, evitando um tombo maior no futuro? Ou melhor crer no final-feliz e assim atrair as tão queridas coisas boas a vida toda, mesmo sabendo que as coisas podem não vir tão boas assim e a frustração ser maior?
O que tem acalmado um pouco esses dias é pensar na páscoa, nas duas semanas de férias no fim do mês e no projeto paralelo com querida. E ler a bela poesia da menina que roubava livros. Que, assim como eu, levava rasteiras da vida, mas jamais perdia a esperança de futuro. Só não sei ainda como termina a história.