Arquivo para abril \30\-03:00 2018

eu tenho o céu de abril pra desentristecer

Outro dia me dei conta que entre amor número 2 e amor número 3 se passaram dois anos – o mesmo tempo que se passou entre amor número 3 e agora. Mas este tempo entre esses dois amores parece que foi tão mais… foi um coração partido tão feio, que depois dele veio uma ânsia aguda de fechar a ferida a todo custo: e com ela veio um sem-número de amores líquidos, tombos e cabeçadas, que fizeram esses dois anos parecerem quase uma década errante, à deriva.

Já o amor 3 deixou no peito a sensação bem-resolvida de amor bem-vivido, e os dois anos que se passaram vieram como um sopro – de espera sem demora, paciente e serena, sabendo aguardar pelo que vale a pena. Foram dois anos tranquilos e sem sofreguidão, ajeitando os cômodos e móveis, buscando sentido e propósito, sem desespero ou aflição. Foi o amor que colocou tudo de volta no lugar e trouxe o que precisava, na hora certa, com mansidão e propriedade, imensidão e poesia.

***

Só hoje, após quatro anos, o amor número 2 fez sentido – e pode, de alguma forma, ser libertado. Amor número 3 seguirá para sempre sendo aquele sobre os quais os filmes são feitos, os livros são escritos, as músicas são cantadas – um tesouro preservado num canto da memória, nuns rabiscos guardados e num lugar precioso que ainda me move e me aconchega. Abril deste ano me trouxe nova surpresa e o desdobrar tem deixado o coração quentinho. Que venha maio. 


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